quarta-feira, 15 de abril de 2009

Um dia peguei numa caneta, em um tinteiro e em uma folha de papel, e fui sentar-me a uma pequena mesa em um pequeno gabinete, e escrevi no alto da folha e em letras grandes:

U OMÃI QE DAVA PULUS
Depois, chupei o rabo da caneta que sabia a lavado e a polido, e escrevi por baixo e em letras pequenas o seguinte:
U omãi que dava pulus era 1 omãi qe dava pulus grãdes. El pulô tantu que saiu pêlo tôpu.
(...)
Nuno Bragança, A Noite e o Riso

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