segunda-feira, 21 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Deus é um tipo fixe
(...)
- Isto não deixa de ser bué marado... ah, desculpa, bué marado quer dizer que é uma loucura, é calão. Ah, desculpa, calão quer dizer...
- Ouve lá, por quem me tomas? Pelo teu vizinho do lado, por um vendedor de aspiradores ao domicílio? Recordo-te que sou Deus. Falo todas as línguas, todos os dialectos, compreendo e sei tudo o que sai da boca de todos os homens. Eis a lição número Um: no que respeita a vocês, homens, eu sou omnisciente. Sabes o que isto quer dizer?
- A priori, tu já sabes tudo sobre nós.
- Bravo! Já interiorizaste a lição número Um.
- Yaa, fixe, e o que é que ganho com isso?
- Posso alongar o teu sexo alguns centímetros quando te fores embora? Bom, isso não será muito...
- Isso é um bocado ordinário, não? Não sei, mas deves fazer qualquer coisa, tu deves ter, de alguma maneira, uma espécie de hierarquia. Não há uma deontologia dos deuses, um comportamento adequado?
- Bom, eis duas coisas mais que deves reter: lição número Dois, não há nenhum outro Deus senão eu; lição número Três, tudo o que diz respeito aos homens, sou eu, portanto, posso permitir-me tudo. O amor, sou eu; a música, sou eu; o humor, sou eu...
- A modéstia, aparentemente, é outra pessoa...
in "Deus é um tipo fixe" de Cyril Massarotto
- Isto não deixa de ser bué marado... ah, desculpa, bué marado quer dizer que é uma loucura, é calão. Ah, desculpa, calão quer dizer...
- Ouve lá, por quem me tomas? Pelo teu vizinho do lado, por um vendedor de aspiradores ao domicílio? Recordo-te que sou Deus. Falo todas as línguas, todos os dialectos, compreendo e sei tudo o que sai da boca de todos os homens. Eis a lição número Um: no que respeita a vocês, homens, eu sou omnisciente. Sabes o que isto quer dizer?
- A priori, tu já sabes tudo sobre nós.
- Bravo! Já interiorizaste a lição número Um.
- Yaa, fixe, e o que é que ganho com isso?
- Posso alongar o teu sexo alguns centímetros quando te fores embora? Bom, isso não será muito...
- Isso é um bocado ordinário, não? Não sei, mas deves fazer qualquer coisa, tu deves ter, de alguma maneira, uma espécie de hierarquia. Não há uma deontologia dos deuses, um comportamento adequado?
- Bom, eis duas coisas mais que deves reter: lição número Dois, não há nenhum outro Deus senão eu; lição número Três, tudo o que diz respeito aos homens, sou eu, portanto, posso permitir-me tudo. O amor, sou eu; a música, sou eu; o humor, sou eu...
- A modéstia, aparentemente, é outra pessoa...
in "Deus é um tipo fixe" de Cyril Massarotto
domingo, 13 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
piada seca 2
Um bebé e um ouriço-cacheiro nasceram há 5 anos, no mesmo dia e exactamente à mesma hora. Quem é o mais velho?
É o ouriço-cacheiro, porque tem 5 anos e picos.
:x
É o ouriço-cacheiro, porque tem 5 anos e picos.
:x
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
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